Voltando a nossa saga do livro #TudoSobreCinema,
hoje mostraremos o primeiro filme destacado no livro. O famoso “Viagem à Lua”
(Le Voyage dans la Lune), de Georges Méliès, de 1902.
Assista primeiro e logo abaixo cito mais informações
sobre o filme.
O filme é baseado em dois romances populares de seu
tempo. O método de viagem espacial é extraído do livro “Da Terra à Lua”, de
Julio Verne. O mundo que encontram é semelhante ao de “Os
Primeiros Homens na
Lua”, de H. G. Wells, com habitantes que são uma mistura de crustáceo, papagaio
e esqueleto, os selenitas, vivendo em um lugar com cogumelos gigantes.
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A imagem mais icônica do filme: um foguete no olho do Homem-Lua |
Lá, os viajantes são submetidos a um julgamento no
tribunal de Grand Lunar, o governante da Lua. Uma semelhança em todos os filmes
de Méliès é a violência infantil, onde é mostrado nesse filme quando os
exploradores matam alegremente os nativos e assassinam o governante.
Um aspecto que não pode deixar de citar é o fato de
a Lua ser representada por um rosto humano, que chora quando o foguete (em
formato de bala) se enfia em seu olho. Os efeitos são uma mistura de trucagens
visuais (como a junção inovadora do recorte de uma nave com um mar de verdade
para a descida da cápsula).
Após anos foi descoberta uma cena final, que
retratava uma espécie de desfile em celebração ao retorno dos viajantes
espaciais, que até então era considerada como perdida. Com isso, não apenas uma
parte do filme, mas todo ele foi completamente colorido, Veja:
Cenas marcantes:
Perfil do diretor:
Georges Méliès nasceu em 1861. Ganhou fama em Paris
como ilusionista, fundando o Théâtre Robert-Houdin.
1895 – 1901
Méliès começou a realizar filmagens no estilo dos
irmãos Lumière, mas então descobriu o potencial da câmera para o ilusionismo,
basicamente inventando os efeitos especiais. Seus primeiros filmes, de apenas
um rolo, eram simples demonstrações de truques de mágica como transformações e
desaparecimentos.
1902 – 1912
Ele realizou filmes mais complexos com diversas sequências
de efeitos especiais interligadas por tramas mais elaboradas. Seus últimos
épicos foram pouco vistos.
1913 – 1938
Falido e afastado do cinema, Méliès foi aclamado
pelos surrealistas como mestre e conquistou o reconhecimento nacional: em 1931
recebeu a Legião de Honra.