Select Menu
» » » » » » Viagem à Lua (1902) #TudoSobreCinema
«
Proxima
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga

Voltando a nossa saga do livro #TudoSobreCinema, hoje mostraremos o primeiro filme destacado no livro. O famoso “Viagem à Lua” (Le Voyage dans la Lune), de Georges Méliès, de 1902.

Assista primeiro e logo abaixo cito mais informações sobre o filme.



O filme é baseado em dois romances populares de seu tempo. O método de viagem espacial é extraído do livro “Da Terra à Lua”, de Julio Verne. O mundo que encontram é semelhante ao de “Os
A imagem mais icônica do filme: um foguete no
olho do Homem-Lua
Primeiros Homens na Lua”, de H. G. Wells, com habitantes que são uma mistura de crustáceo, papagaio e esqueleto, os selenitas, vivendo em um lugar com cogumelos gigantes.

Lá, os viajantes são submetidos a um julgamento no tribunal de Grand Lunar, o governante da Lua. Uma semelhança em todos os filmes de Méliès é a violência infantil, onde é mostrado nesse filme quando os exploradores matam alegremente os nativos e assassinam o governante.

Um aspecto que não pode deixar de citar é o fato de a Lua ser representada por um rosto humano, que chora quando o foguete (em formato de bala) se enfia em seu olho. Os efeitos são uma mistura de trucagens visuais (como a junção inovadora do recorte de uma nave com um mar de verdade para a descida da cápsula).

Após anos foi descoberta uma cena final, que retratava uma espécie de desfile em celebração ao retorno dos viajantes espaciais, que até então era considerada como perdida. Com isso, não apenas uma parte do filme, mas todo ele foi completamente colorido, Veja:



Cenas marcantes:


Uma fileira de coristas (contratadas da casa de espetáculo Folies Bergère) vestidas de marinheiro carrega um canhão gigante com a cápsula espacial em formato de bala para aquele que será possivelmente o lançamento de foguete mais glamouroso de todos os tempos. O cenário, inclusive os telhados, de todo pintado.
Os selenitas explodem em nuvens de fumaça quando golpeados com um guarda-chuva. Seu nome é uma referência a Selene, a deusa grega da Lua, e já havia sido usado em "Os primeiros homens na Lua", romance de H. G. Wells.
Em vez de a Lua surgindo no céu, é a Terra que se vê no firmamento escuro acima do horizonte lunar. Para frisar essa inversão, os astronautas guiam o olhar da plateia em direção ao planeta esticando as mãos e tirando o chapéu.
A cápsula retorna à Terra (com um selenita grudado nela), cai no mar e é rebocada até o litoral. Na comemoração que se segue, o selenita é obrigado a dançar para a multidão - da mesma forma que os africanos trazidos para a Europa muitas vezes eram exibidos para a diversão dos ocidentais.


Perfil do diretor:

George Méliès
1861 – 1894
Georges Méliès nasceu em 1861. Ganhou fama em Paris como ilusionista, fundando o Théâtre Robert-Houdin.

1895 – 1901
Méliès começou a realizar filmagens no estilo dos irmãos Lumière, mas então descobriu o potencial da câmera para o ilusionismo, basicamente inventando os efeitos especiais. Seus primeiros filmes, de apenas um rolo, eram simples demonstrações de truques de mágica como transformações e desaparecimentos.

1902 – 1912
Ele realizou filmes mais complexos com diversas sequências de efeitos especiais interligadas por tramas mais elaboradas. Seus últimos épicos foram pouco vistos.

1913 – 1938
Falido e afastado do cinema, Méliès foi aclamado pelos surrealistas como mestre e conquistou o reconhecimento nacional: em 1931 recebeu a Legião de Honra.   

«
Proxima
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga

Nenhum comentário

Comentários

Obrigado por comentar.